Sempre imaginei que iria sentir contrações como primeiro sinal de que o Bento viria, mas aconteceu como nas novelas: Acordei as 9:00 da manhã do feriado de sexta feira santa, quando fui ao banheiro ouvi um "ploft" e senti um líquido clarinho descer pelas pernas, sai pra chamar Felipe que ainda estava dormindo e tentei acordá-lo sem assustá-lo mas não tinha outro jeito de dar a notícia: "Amor, acorda que minha bolsa acabou de estourar".
Eu estava com 38 semanas de gestação, ficamos tranquilos e muito felizes pois na semana anterior havíamos feito um curso preparatório na casa de parto da minha cidade onde aprendemos sobre cada fase do trabalho de parto, então sabíamos que não era preciso se desesperar, daria para preparar tudo com calma. De algum modo eu estava com alguma expectativa afinal, dois dias antes eu já estava perdendo um pouco de tampão mucoso, então poderia ser um sinal de um parto próximo, ou isso poderia continuar acontecendo por mais alguns dias.
Eu estava com 38 semanas de gestação, ficamos tranquilos e muito felizes pois na semana anterior havíamos feito um curso preparatório na casa de parto da minha cidade onde aprendemos sobre cada fase do trabalho de parto, então sabíamos que não era preciso se desesperar, daria para preparar tudo com calma. De algum modo eu estava com alguma expectativa afinal, dois dias antes eu já estava perdendo um pouco de tampão mucoso, então poderia ser um sinal de um parto próximo, ou isso poderia continuar acontecendo por mais alguns dias.
A única coisa que me deixou um pouco intrigada foi não estar sentindo ainda nenhuma contração mesmo com a bolsa rompida, mas como tive ruptura alta, eu só coloquei um absorvente e sabia que elas poderiam começar a qualquer momento então era só aguardar. Entrei em contato com a casa de parto para informar o que tinha acontecido e me orientaram o mesmo que eu já pretendia fazer: aguardar em casa e ir percebendo os próximos sinais, marcamos de ir fazer uma avaliação as 11:00 da manhã. Cheguei lá e ainda não sentia nada, fizemos um exame de toque e foi constatado que a bolsa realmente tinha rompido e estava com dilatação de 1 a 2 cm.
Como a dilatação estava no comecinho, nós voltamos pra casa para esperar as contrações e marcamos para as 16:00 uma nova avaliação. Cheguei em casa e comecei fazer mobilizações na bola de pilates e também caminhei um pouco para estimular! Eu e Felipe tínhamos combinado que não iríamos contar par ninguém quando eu entrasse em trabalho de parto, para evitar que a ansiedade das pessoas passasse para a gente e nos atrapalhasse nesse momento, além disso, sabíamos que poderia demorar bastante todo esse processo e queríamos poupar nossa família dessa "preocupação". Porém, lembram que era sexta feira santa né? Meus pais viriam almoçar conosco, então tivemos que contar pra eles.
Felipe também ligou para meu sogro pois ele mora em Ilhéus, então decidimos avisar logo, porque Bento iria nascer na sexta ou na madrugada do sábado e daria tempo de ele preparar tudo para se deslocar pra cá. A partir das 12:30 as contrações começaram a vir e lembro que meu pai disse que eu era primeira pessoa que ele via na vida que estava feliz e comemorando ao sentir uma dor.
Eu fiquei tão feliz porque era mais um sinal que meu corpo estava dando que o trabalho de parto ia engrenar e eu estava um pouco mais perto do meu sonho do parto normal! Comecei a contar as contrações pelo aplicativo e elas ainda estavam irregulares, almocei dando aquelas pequenas pausas para respirar, mas elas eram muito tranquilas, como uma cólica leve de menstruação e duravam entre 25 a 40 segundos.
Chegou o horário que marcamos a nova avaliação e já levei as bolsas que estavam prontas, afinal tinha fé que já ficaria por lá e só voltaria com Bento nos braços, nos despedimos dos meus pais, chegamos na casa de parto e com a nova avaliação constatamos que a dilatação havia evoluído, estava com 4cm, respirei aliviada! Então fomos para o quarto para começar "maratona" que estávamos prestes a viver!
CONTINUA..
